quinta-feira, 26 de julho de 2007

Calculando, mensurando e racionalizando...

Daí a Wikipedia me disse:

“Fases ou estados da matéria são conjuntos de configurações que objetos macroscópicos podem apresentar. O estado físico tem a relação com a velocidade do movimento das partículas de uma determinada substância. Canonicamente e segundo o meio em que foram estudados, são três os estados ou fases considerados: sólido, líquido e gasoso. Outros tipos de fases da matéria, como o estado pastoso ou o plasma são estudados em níveis mais avançados de física. As características de estado físico são diferentes em cada substância e depende da temperatura e pressão na qual ela se encontra.”

Muito obrigada, ó grande oráculo para os ignorantes leigos que buscam definições como alguns famintos buscam fast food.
Hoje comecei a pensar que os sentimentos têm estados físicos também...

O encantamento pela simetria é gasoso, tão pusilânime quanto efêmero.
A dor é gasosa, porque cerca os sentidos como uma atmosfera espessa e sufocante que tende a se dissipar aos poucos.
A “felicidade” é gasosa, como a fragrância de saída de uma complexa formulação de odores...
A saudade é sólida, porque dói e pesa como bloco de concreto entre os pulmões e talvez se possa até calcular sua massa em quilogramas.
A ansiedade é sólida porque pesa nas mãos, nos ombros, na língua e no topo da cabeça.
A culpa é sólida, ora leve, ora muito muito densa...


A paixão é um líquido volátil que circula à paisana no plasma do sangue.

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Top Ipod: Mornings Eleven - The Magic Numbers

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Um filme no close pro fim

Ultimamente tenho soltado sem perceber algumas reflexões meio baratas do tipo que vêm no fim de filmes de comédias românticas ou em episódios clímax de alguns seriados. Brotam de mim frases do tipo: “Ninguém faz ninguém sofrer. Nós mesmos buscamos o sofrimento.” Tudo isso soa demasiado clichê, mas virando a situação, o ponto crucial é exatamente esse.
Eu que sempre fugi de tudo que fosse indício de convencional demais, óbvio demais, enfim, acessível demais, me surpreendo com conclusões dignas de um filme protagonizado pela Meg Ryan.
O tempo todo se constroem verdades e conceitos e aforismos e teorias e paradigmas individuais e coletivos que pretendem ser úteis e mostrar um novo caminho, ou uma forma de se trilhar algum dos caminhos pré-existentes. Muitos, inclusive algumas jacas comuns, tentam fazer isso a seu modo, talvez até em livros de auto-ajuda para os homo medianus.
A partir do momento em que imergimos no senso comum, ou seja, quando nascemos, não há como fugir completamente dele. Nós vivemos em sociedade e nos adaptamos a ela, de alguma forma, ainda que sejamos do tipo que contesta e discorda de quase tudo, ainda assim o nosso “eu” tem uma grande parcela do meio.
E ISSO É ÓBVIO. Mas às vezes o próprio óbvio, assim claro e simples é difícil de se concluir.
Ninguém é apenas si mesmo. O externo, o senso comum, rodeiam e invadem o nosso eu, inevitavelmente, mesmo que pensemos em algumas opiniões que julgamos ser exclusivamente nossas em sua essência. Por mais que a contribuição dos fatores externos seja pequena, ela sempre vai estar presente na nossa visão de mundo.
O vetor da busca que realizamos enquanto os olhos estão abertos aponta para algo que supostamente queremos ou deveríamos querer. E esse real objetivo também tem influências externas e ainda o adicional interno / externo da necessidade de alimentação do ego.
Dizer que tudo é simples não significa que tudo seja óbvio. Mas talvez o óbvio sirva como um dos instrumentos de tentativa de percepção desse todo. O caminho para a percepção tem vários instrumentos a serem utilizados. E começo a pensar que devo desprezar menos o clichê.
E assim, de reflexões cíclicas que tendem ao nada, se faz meu dia-a-dia. Algumas conclusões que realmente cabem no fim de algum “filme” que eu protagonizei, ou em alguma cena do meu enorme “filme” escrito pelo roteirista maluco.
Um filme sempre acaba, cheio de frases clichês, para dar espaço a um filme novo, de roteiro indefinido, mas com uma fórmula encantadora... Agora é deixar os créditos subirem...
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Top Ipod: The Deepest Blues are Black - Foo Fighters

domingo, 8 de julho de 2007

Super Taranta!



Finalmente! Álbum novo do Gogol Bordello! E eu, com minha ausência total de propriedade para ser crítica musical apenas digo que me divirto absurdamente com ele.

E graças à internet, a grande aliada de todos nós, ele pôde ser baixado antes de seu lançamento mundial (10 de julho). É claro que eu, apesar de ser grande aliada da mídia adquirida gratuitamente, com certeza comprarei o original assim que possível, regalia que só dou aos artistas muito especiais pra mim.

E o super fodão Eugene Hutz, além de performático, engraçado, criativo, original, se mostra mais fodão do que nunca. Incrementa àquela salada Gipsy Punk elementos ainda mais gipsy punks, em todos os sentidos que essas palavras podem ter, incluindo ainda tarantela italiana (!). E por mais BIZARRO que isso possa parecer, o resultado da salada maluca é delicioso! Os vocais descontrolados do Eugene, com todos aqueles instrumentos ciganos ao fundo (inclusive a sanfona, acordeon ou gaita, como queiram :P) marcam ainda mais como o jeito Gogol Bordello de ser nesse novo álbum. A faixa Wonderlust King é… wow! E ainda tem um novo arranjo pra Strange Uncles from Abroad.


E para quem não faz a mínima idéia do que eu estou falando, eu recomendo uma tentativa pelo mundo de Eugene e companhia... Tipo: Dá uma olhada na capa!!! Eugene me conquistou desde aquele sotaque carregado naquele inglês único que ele fala em Everything is Illuminated (em cuja trilha sonora o Gogol está presente).” He’s a premium dancer and all the girls want to go carnal with him”. Além disso, o som deles é muito a minha cara! Uma grande mistura, bem humorado, sarcástico, debochado, abusado e porque não, non sense também.

Quer mais? http://www.sideonedummy.com/bands_bio1205.php?band_name=Gogol_Bordello



Because a purple little little lady will be perfect for a dirty old and useless clown...




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Top Ipod: Wonderlust King - Gogol Bordello




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