quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
4 x 4
A maior ironia que se pode ver atrás de uns 850 veículos que se movem na sua frente a 5 metros por minuto é olhar atrás de um desses modelos 4 x 4 e estar escrito: "Path Finder"
Nessas horas eu só imagino isso aqui, ó:
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Top Ipod: Undone - Devotchka
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terça-feira, 18 de novembro de 2008
Performances
Em um dia ensolarado de domingo
Top Ipod: Kalasnjikov - Goran Bregovic
terça-feira, 14 de outubro de 2008
Mi español es fueda!
"4. Escriba algo como un párrafo acerca de su vida, los objetivos que busca e el motivo por lo cual tiene ganas de estudiar el español.
"me gusta español, me gusta almodóvar, me gusta Manu Chao, me gusta la lechuga, me gusta tú, me gusta leer, me gusta tú, que voy hacer je ne se pas, que voy hacer je suis perdu, que horas són mi corazón."
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Top Ipod: Panik Panik - Manu Chao
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terça-feira, 30 de setembro de 2008
O amor e a beleza
Muito além da vergonha de olhar para o futuro que corre em minha direção anunciando rugas e as responsabilidades que vocês julgam plenas, vem a agonia de ser covarde. As escolhas, as informações, as estradas e as pessoas 3D continuam espalhadas ao meu redor, culpando-me silenciosamente pela minha resignação.
Escondendo-me no conforto da minha imparcialidade indolente, eu tento justificar minha hipocrisia. Eu não quero dizer o que penso. Tenho medo da solidão porque ela revelaria minha ausência de atitudes e o próprio medo
“... mas há tão poucos com quem possa compartilhar as coisas que significam tanto para mim que aprendi a me conter. É suficiente que eu esteja cercado de beleza.” (Everett Ruess 1934)
Quando eu diminuir um pouco minha preguiça estúpida e for buscar a beleza, não estarei mais aqui. Mas gosto de estar de olhos abertos.
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Top Ipod: Society - Eddie Vedder (Into the Wild OST)
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Cadeia Alimentar
Acabamos de chegar. Era um grupo relativamente grande, algo como 30 ou 40 pessoas. Caminhamos em direção à clareira que era perto da estrada de onde viemos. O caminho para o museu era plano e sem nenhuma árvore ou arbusto, apenas alguma planta rasteira entremeando as poças rasas de água de alguns metros cada uma. Os estranhos espelhos d’água têm uma cor amarelo-azulada, talvez por causa da nuvem que está passando em frente ao sol da tarde. O museu é uma construção quadrada e bege, de um andar e com vidros bem grandes e claros na frente, sendo a única construção no meio do descampado. Andamos por uns
"If I'm gonna talk, I just wanna talk, please don't interrupt!"
Top Ipod: Last Flowers to The Hospital - Radiohead
sexta-feira, 20 de junho de 2008
Dimensões do passado sempre presente
A meu ver, há três formas de se ver o mundo. Alguns vêem em duas dimensões, pragmáticos, objetivos, largura, comprimento, poucas cores, algum movimento, um certo barulho. Outros vêem em 2D complexo, com inúmeras nuances de cores, formas e movimentos, além de sons interessantes, mas ainda 2D. Já alguns, com ou sem tantas cores, vêem o mundo em 3D. São capazes perceber e ter a profundidade das formas e também têm uma fantástica trilha sonora. Não que eu consiga sempre classificar as pessoas nas categorias que imaginei, claro. É muito fácil se enganar.
Há pessoas que morrem encerrando algo que só era chamado de “vida” por causa de funções metabólicas desempenhadas pelo seu organismo. Outros morrem felizes, dormindo, velhinhos, em paz, aquecidos em seus leitos confortáveis ao final de uma estadia confortável na vida real. Tem os que saem por aí tentando absorver a tudo e a todos e morrem no meio de suas aventuras. Há aqueles que extraem saudades vazias de uns quando morrem. Mas também há os que morrem exauridos no corpo, mas com tanta verdade dentro de si que ela até parece bastar.
E sentir demais pode ser algo além de sofrimento. E uma dúvida pode ir construindo algo pelo caminho, se houver um caminho aberto para alcançar a resposta. Mesmo sabendo-se que “dúvida” e "resposta" são abstratos demais.
A verdade dele fez sentido pra mim. Talvez um dia eu ache a minha verdade para que ela me baste. Ainda que abstrata. E talvez, quando eu morrer, alguém chore por mim sentindo o mesmo que eu sinto por ele, mesmo que tão abstrata e distante.
Para o passado dele, sempre presente, o meu eterno respeito e admiração.
(03/02/1946 – 20/06/2008)
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Top Ipod: Ever Present Past - Paul McCartney
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segunda-feira, 26 de maio de 2008
Eugene Hütz GUDZ!!
quarta-feira, 7 de maio de 2008
E você? Num lembro...
Há um grande problema quando o seu shake emagrecedor e seu sabonete líquido para as mãos tem o mesmo aroma artificial de maçã. Você pode não querer mais beber o shake ou desistir de lavar as mãos. Ou então sentir vontade de beber o shake enquanto higieniza os seus dedos. E talvez até beber o sabonete líquido e lavar as mãos com o pó viscoso do shake emagrecedor (pode ser legal pra esfoliar a pele por causa das fibras que saciam o apetite).
É um cheirinho gostoso esse de maçã, sabe? A maioria dos sabores que a gente pensa que são sabores são, na verdade, cheiros. Eu já disse isso umas 150 vezes ao longo da minha vida extra-uterina.
Eu realmente me preocupo com a ergonomia das cadeiras, sejam elas domésticas, escolares, de escritório ou até mesmo as dos meios de transportes. Acho que, contrariando os esforços positivos dos especialistas, toda a população mundial padece ou padecerá de má postura lombar. Eu tenho quase certeza que tenho escoliose.
Tenho a impressão de que ando consumindo pastilhas anti-sépticas anestésicas para a garganta em uma escala muito maior do que o adequado para os humanos adultos.
Suspeito que o motivo da minha indiferença à maioria das pessoas seja causada pelo fato de eu realmente não acreditar que elas possam ser mais interessantes. Eu queria ter um argumento mais complexo, mas eu acho que elaborei um mais complexo semana passada e me esqueci. Minha memória anda falhando muito ultimamente.
Eu estou correndo, mas ainda não sei porquê. E você?
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Top Ipod (Ipod novooooo) : Music When The Lights Go Out – The Libertines
segunda-feira, 3 de março de 2008
Mais-uns
Violência barata e armada, sem agressão física, mas com agressões traumáticas que não dá pra encarar como normal. Talvez porque eu seja de Goiás. Talvez porque eu seja apenas uma tola, independente de qualquer coisa. Bem vinda a São Paulo... Cada vez mais intensamente.
Levaram minha mochila nova, com tudo o que tinha dentro dela. Incluindo minha mecha de cabelo que eu ia vender, meu Ipod velho que tinha muito mais valor emocional do que muito ser humano por aí, meu terceiro celular a ir pro limbo, entre outras “coisas materiais”. Tá bom... Eu não sofri nenhuma coisa mais séria, mas por isso eu preciso achar bom? Ainda não sou um ser evoluído assim pra ter tanta nobreza de espírito. Volte daqui a uns três anos e falamos sobre isso de novo.
Mas o que consegue ser ainda pior do que a revolta com os feladaputas que estão agora desfilando com minha carteira zebrinha de pelúcia é a sensação intensificada de se estar na Grande São Paulo. Eu sou apenas mais uma. Misturada a essa multidão de milhões de “mais-uns”. As pessoas não se olham, não querem saber daqueles que compartilham o mesmo metro quadrado por uns instantes em lugares públicos. Eu me sinto confortável ignorando as pessoas. Na verdade sempre me senti. Só não tinha TANTA gente pra ignorar antes. E alguns mais íntimos vivem me dizendo pra eu me misturar mais com os outros seres humanos. Eu até melhorei um pouco nisso, apesar de ainda achar melhor ficar neutra. Mas então, quando estou anestesiada achando “normal” me homogeneizar à grande massa de “mais-uns” vêm alguém e invade meu espaço sem pedir licença. E me ofende, leva algo que eu considero como de valor. E eu não estou só me referindo ao assalto à mão armada que eu sofri semana passada. Mesmo.
Eu tenho o direito de não me conformar com isso, né? Deveria me misturar e continuar neutra evitando as pessoas ou começar a invadir o espaço delas também?
(Continua)
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Top Ipod - [mudo por motivo de força maior- a força da arma de fogo maior do que a força do meu olhar perplexo e idiota]
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Dr. Biltre
Há muito tempo atrás, tanto que eu nem presenciei o fato, Harold torturou e mandou para o exílio o duendezinho do bem (ou anjinho) que morava no ombro direito, o qual nem nome chegou a ter.
Harold usava uma fantasia clichê de diabinho, com capa vermelha e chifres de lantejoula e era encarregado de soprar em meu ouvido várias coisas que o senso comum não abrange muito. Fazia sugestões de atos talvez moralmente reprováveis, impulsivos, egoístas, julgamentos prévios tendenciosos, além de pitadinhas agridoces e apimentadas de algo que ele leu em algum lugar, uma tal de lista de “pecados capitais” (eu sei que nunca se pode deixar livros perto dessas criaturinhas).
Mas hoje, ainda semi-consciente ao acordar do sono vespertino, fiquei sabendo que Harold não era mais apenas um duende-diabinho.
Ele acabara de se transformar no nefasto Dr. Biltre, um torpe e execrável gênio do mal. Tão mau, mas tão mau, mas tão absurdamente mau, que nem precisa de um figurino muito convincente nem de maquiagem pálida. Usa apenas uma camisa pólo com listras azuis e amarelas e uma bermuda comprida de safári.
Talvez eu devesse ficar preocupada. Eu realmente ainda vou precisar dos serviços dele por muito tempo, dado que estou cada vez mais distraída e desmemoriada, além de saber que de agora pra frente vou ficar muito mais ocupada. Ele vai querer me influenciar de forma mais, digamos, misantropa, perniciosa, perversa, cruel e todas outras coisinhas assim, de gosto duvidoso.
Eu deveria estar com medo, né?
Nem tô... =P
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Top Ipod: Feet in the Clouds - Paul McCartney
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
HILÁRIO!!!!!
Que palhaço é esse, deixado falando sozinho? Eu?? Você?? Ou todos os outros palhaços da platéia???
Pintando a cara, calçando o sapato vermelho folgado e disfarçando todo o inaceitável com piadas infalíveis.
Cambalhotas... Clichê... Descamisados e degredados... Abraçadinhos nadando em uma piscina de coriza.
Supercalifragilisticexpialidocious.
Enfio duas colheres de glicose na garganta pra engolir meu antídoto.
E, parafraseando o poeta:
A piada está morta e enterrada, mas eu juro que não fui eu!!!!!
Top Ipod: Smile - Lily Allen